6.6.09

A outra face.


Enquanto isso na cidade do novo México...

A sirene da policia local tocava como se todas as unidades estivessem na rua a procura de algo, ou alguém. Cortavam as avenidas e entravam pela contramão sem nem mesmo saber atrás de que corriam.

Na calçada próximo a essa perseguição havia um rapaz, de estatura mediana, seus olhos fintavam cada carro que por ai passava, e como se nada estivesse acontecendo ali mesmo ele permanecia, parecia não se preocupar que houvesse algo pior.


-Hey, moleque saia da rua, não esta vendo que a policia esta atrás de algum bandido?!

-Cala a sua boca imunda, seu velho idiota, me deixa em paz.


Disse Jake com a maior calma e serenidade, como se não tivesse que se preocupar com que seu próprio padrasto pudera fazer.

Com um sorriso jake se levanta da calçada e vai andando, lentamente até onde se encontrava seu padrasto, ele o olhava com um ar frio que lhe era característico, sua frieza era de deixar um negociador do FBI em desespero.

Conforme caminhava pelas pedras da entrada de sua casa Jake estalava os dedos.


-Quantas vezes eu já disse para você não se meter na minha vida?!

-Olha aqui Jake, se acha que eu tenho medo dos teus truquezinhos baratos de David Copperfield's você esta Muito enganado.


Tremulo e ensopado de medo, George recuava, parecia que já havia presenciado algo que jake por hora já avia feito, e não foi algo memoravelmente agradável, George suava feito um porco, parecia que chorava pelos poros.


-Jake Não faça nada de que possa se arrepender futuramente.


Parecia que o medroso estava querendo ameaçar Jake, mas este continuava a avançar e o outro a recuar.

E com um olhar fixo no seu algo Jake pega em seu bolso uma pequena faca e continua a galgar passo-a-passo a proximidade do padrasto.


-Não seja medroso George, nem parece um homem, venha cá, venha.

-Ja-ja-jake, O que você vai fazer com essa faca? , Por favor, não me mate, eu juro que não vou mais me

intrometer na sua vida, eu juro.


Jake se divertia vendo aquele Homenzarrão, gordo pançudo se ajoelhando e pedindo perdão por apenas ter pedido para ele entrar.

Ele apenas tira com a outra mão livre um isqueiro de dentro do seu maço de cigarros e acende um, agacha-se próximo a George, e desfere apenas uma cortina de fumaça nos olhos de seu padrasto.


-O dia que você for homem o suficiente para não implorar perdão a mim, volte a essa casa, por hora minha mão não merece um covarde sob o teto dela, concorda comigo?

Sussurrou Jake, em um claro tom de voz, amedrontador, ameaçador, sufocante.

George apenas com um aceno de cabeça concordou com seu enteado.


-Ah! E não diga a minha mãe o que eu fiz para você sair da MINHA CASA.

ou eu posso acabar me arrependendo de não ter feito algumas ‘atrocidades’ com você, seu pançudo fedorento.


Ainda agachado ao lado de George Jake pega a sua faca e faz um pequeno furo no seu pulso, este que é cheio de cicatrizes e arranhões. Começa a sangrar como se tivesse feito um enorme corte, mas Jake parece gostar de ver seu sangue escorrer pelo seu pulso.

E os olhos de Jake começam a se revirar pequenos flashs de cor roxa tomam conta do local.


-AGORA VÁ EMBORA DA MINHA CASA, SEU INÚTIL. SAIA JÁÁÁÁÁÁ.


O tom de voz que a minutos atrás havia soado como um veludo por hora se assemelhava como uma caverna a desmoronar.

Ao levantar, Jake bebe seu próprio sangue e o cospe nas costas de George que se levantava totalmente atrapalhado por ser tão grande e gordo.

Como num passe de Magia, George é atingido por um golpe de ar que o vareja até a porta da sala, por onde Jake havia entrado.

As sirenes de antes eram ouvidas ao longe se aproxima e presenciam a cena de George “voando” porta a fora.


-Mas que diabos esta acontecendo aqui?

-Minha nossa Thompson este velho vôo até aqui!


Um clarão inunda a sala, deixando todos paralisados, exceto Jake, como se fosse uma cena de filme no pause, e então três garotas entram nesse momento e uma delas se prontifica a falar, uma mulher de cabelos escuros e longos, alta, com uma roupa negra. E desfere sobre Jake um olhar singular.


-Então... Já acabou com sua brincadeirinha? Senhor ‘Knife

-hahahahahahahahahaha. Já acabei sim Luiza, já podemos ir.


Jake desce a escada calmamente como se tivesse todo o tempo do mundo, pois realmente tinha, os guardas e seu Padrasto estavam realmente estáticos. Ao chegar ao centro da sala onde as garotas se encontravam Jake estende seu braço a uma das outras duas enquanto da um leve beijo em Luiza.


-É... Clair será que você poderia dar um jeito nesse corte? Eu sei, é pequeno, mas sabe como é Meus cortes não costumam cicatrizar tão rápido.


Com um breve sorriso lançado a Clair Jake é agarrado por Luiza e todos somem deixando apenas uma longa pluma branca no lugar onde os quatro se encontravam. E os guardas voltam a se mover e ficam sem reação ao ver o Gorducho do George largado ao chão.


[ Em Boston ]


-Sim Lucas você pode não acreditar meu caro, você é um mago.

-Olha aqui Vincent, agradeço de verdade você ter me salvado hoje no bar mas não dá para crer que eu posso fazer o mesmo que você fez com aqueles engravatados.

-é... Na verdade você ainda não pode, mas futuramente sim, se você continuar treinando conseguirá em breve, tenho certeza.

-sério mesmo?

-Mas é claro Lucas, eu na sua idade soube de uma forma um tanto quanto mais Drástica que você, eu sem querer soltei uma esfera de água na cara do meu professor de biologia, e com isso eu descobri que era um mago e também descobri os riscos que eu posso ter fazendo essas magias vulgares. Eu aprendi o que é o Paradoxo, imagine, eu me contorcendo de dor no chão do laboratório de bioquímica, isso não é nenhum pouco confortável.

-hahahahahahahah eu consigo imaginar. Mas o que é paradoxo?

- paradoxo nada mais é que um contra golpe da realidade, quando você a altera.

Nós não a chamamos de realidade propriamente dita e sim de tellurian. Quando chegarmos na sua casa, eu te explico melhor.

4.6.09

Iniciado


Em um Fim de tarde, numa escola Estadual de Chicago um aluno chamado Lucas estava prestes a presenciar uma repentina mudança de sua rotina, Um pequeno rapaz franzino, que sempre estava inconformado com sua vida banal, teria o algo a mais que sempre pediu apesar de não ser exatamente o que ele queria, ele o teve. Já eram meados de novembro e como era um aluno de intercâmbio não teria as férias de “verão” como qualquer outro aluno de sua escola. Lucas andava com presa para chegar a um Bar próximo do local para poder ligar para seus pais e avisar que demoraria a chegar a casa, já que na rua os telefones públicos estavam destruídos, pelos garotos da gangue local. Lucas acaba esbarrando em um homem, este que parecia estar com pressa vinha na direção contraria, era alto esguio, mas não dava para enxergar o rosto, tinha um aspecto bem vil, o cheiro de cigarro exalava pelas suas vestes, era algo um tanto quanto repugnante.

-Me desculpa. Disse o homem após o encontrão
-tudo bom senhor a culpa foi minha, disse Lucas.


Chegando ao bar, este que tinha o aspecto de u bar de velho oeste, só que para roqueiros barbudos e motoqueiros. Lucas procura sua carteira no bolso de trás de sua calça Jeans Surrada, e não encontra si quer uma única moeda, Começou a imaginar: “Aquele homem estranho e roubou, ele ‘bateu’ minha carteira”. Lucas se sente um tanto quanto desesperado pelo acontecido, e acaba reparando eu o ‘esquisitão’ que poderia ter o afanado encontra-se sentado na mesa ao lado dele. Em um ato de raiva Lucas vai de encontro a ele e começa a gritar:

- VOCÊ ME ROUBOU!

-Se acalma Guri.
-Me acalmar? VOCÊ ACABOU DE ME ROU... Péra ai você fala português?
-Claro Lucas, sente-se, temos que conversar.

-Eu não tenho nada pra conversar, tenho que avisar aos meus pais que eu estou atrasado por cau...

-Causa da aula? Eles já sabem. Disse em um tom calmo e sutil terminando a frase do outro.

Tudo naquele momento parecia muito esquisito para Lucas ele se sentia com um estranho, coisa que deveria ser super normal. Mas dessa vez era um brasileiro que acabou de roubá-lo e queria falar alguma coisa com ele, à mente de Lucas dava infinitos Looping e mais Looping. Até que se acalmou e resolveu se sentar. -Então o que quer falar comigo. Disse Lucas tremendo e aparentemente tenso.

-Se acalme Lucas não vou fazer nada contra você, se quisesse te matar já teria o feito, tenho que te contar coisas que você ainda não sabe sobre você.
Com um sinal de pedido para o ‘garçom’ vir atendê-lo, isso se é que poderia se chamar aquilo de garçom.

-então Lucas eu sei de algumas coisas estranhas que estão acontecendo com você,
Ah! Perdoe-me a indelicadeza eu nem me apresentei não é? Então eu me chamo Vincent, mas me chamam de ‘Vácuo’. Logo você entenderá o porquê disso.

Rapidamente Vincent estica a manga do casaco de couro puído como se tivesse no mínimo uns 10 anos de usado, cheirava mal, muito mau, era semelhante ao odor das vestes que ele era obrigado a usar quando visitava sua tia-Avô no inverno.

- Então... São exatas 09h16min da noite, a essa hora seus pais já devem saber que você esta comigo. Pode usar meu celular para ligar para eles.


Ele tira do bolso um bando de fio retorcido com uma aplaca que parece que algum dia já foi um tele fone, todo remendado com silver tape, e entrega para Lucas.

-O que vem a ser isso? Pergunta Lucas com uma cara de tremendo espanto.

E de repente um estrondo seguido de um zumbido ensurdecedor inunda o bar, como nos filmes de “Guerras nas Estrelas”, aqueles flashes e aqueles barulhos de lasers. E um grupo entorno de 4 pessoas engravatadas com óculos ‘Retro’ invadem o bar com parafernálias que se pareciam com armas que Lucas tinha já visto em suas revistas em quadrinho.

-Lucas corre pela porta dos fundos eu já te encontro. Gritou Vincent.

-Ta-ta-ta-taa bom eu vou eu vou.

Gaguejando com a surpresa Lucas responde.
Desesperado Lucas corre porta a fora, esbarrando em tudo, tropeça na lata de lixo que havia em frente a porta de saída, e em alguns segundos sãos escutados barulhos de explosões e tiros, logo em seguida Vincent sai pela mesma porta que Lucas e de repente ele puxa um amuleto de seu cordão e com alguns gestos esquisitos ele começa a pronunciar palavras jamais escutadas por Lucas.

-Zeron naygest fugi!


Enquanto Vincent pronuncia estas palavras a visão de Lucas começa a ficar turva e a imagem dos homens que estavam os seguindo começa a embaçar, como se fosse uma imensa bolha de sabão. Vincent desfere mais palavras esquisitas e após um Grito estridente os engravatados se retorcem e somem como se fossem tragados por um Vácuo mágico.

-Lucas você esta bem?

Perguntou Vincent meio ofegante e parado no mesmo local.após executar esse ato que para Lucas era incompreensível.

-Si-si-si-sim estou.


Com medo, tanto da repentina perseguição quanto do ato de Vincent, Lucas não consegue falar direito.
Vincent caminha lentamente até Lucas e o ajuda a levantar.

-Bem... Devo-lhe certas explicações, não é?
Apenas com um aceno de cabeça Lucas afirma o que Vincent havia lhe dito.

Vincent o acompanhou até a direção de sua casa, e explicando tudo que havia acontecido no bar.